terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A Missa do Parto - uma tradição madeirense

As novenas que antecedem o Natal, a época mais festiva na ilha da Madeira, são denominadas de  “Missas do Parto”. 
As Missas do Parto são, na prática, um ritual de preparação dos fiéis para o nascimento de Jesus e ocorrem do dia 15 ou 16 até ao dia 24 de dezembro.
Estas celebrações, próprias da sociedade madeirense, ocorrem de madrugada, cerca das cinco horas da manhã, e contam com grande afluência de cristãos católicos ou, simplesmente, curiosos. É uma devoção mariana e comemora os nove meses de gravidez da Virgem Maria ou Nossa Senhora do Ó, designada, na Madeira, por Senhora ou Virgem do Parto. Por esse motivo, as missas iniciam-se nove dias antes do Natal e terminam com a Missa do Galo, à meia-noite, no dia 24 de dezembro, cujo objetivo é celebrar o nascimento do Menino Jesus.
Grande parte dos historiadores acredita que esta tradição terá sido introduzida, na ilha da Madeira, pelos primeiros colonizadores, provenientes do Minho, das Beiras, do Alentejo e do Algarve.
O ritual das Missas do Parto perpetuou-se devido ao caráter fechado da sociedade rural madeirense, ao isolamento das freguesias da ilha e à insularidade.
Em pleno século XXI, a Missa do Parto continua a ser, inegavelmente, uma tradição natalícia única!
Formadora: Dalila Ornelas (CLC)


terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Peça de teatro O Triunfo dos Porcos

No dia 29 de novembro, as turmas dos níveis Básico e Secundário dos cursos EFA dirigiram-se ao Teatro Municipal Baltazar Dias para assistir à peça de teatro O Triunfo dos Porcos, baseada na obra de George Orwell. A dramaturgia e encenação foram da responsabilidade de Duarte Rodrigues, do grupo teatral GATO. 
O Triunfo dos Porcos é uma alegoria à revolução russa de 1917 e a ação passa-se numa quinta onde vivem animais de várias espécies. Estes animais, devido às más condições em que vivem, decidem iniciar uma revolução para assumir o controlo da quinta com o objetivo de alcançar a tão ansiada liberdade e igualdade entre todos os animais.
Para o efeito, os animais estabelecem e afixam publicamente as regras do novo regime que designam por Animalismo. Os sete mandamentos do Animalismo estabelecem que aquele que andasse em duas pernas era inimigo, o que andasse em quatro patas ou asas era amigo, nenhum animal deveria vestir roupas, dormir numa cama, beber álcool, matar outro animal e, por fim, que todos os animais eram iguais.
Com o passar do tempo, as condições de vida dos animais, ao invés de melhorarem, sofrem um agravamento, com exceção dos porcos, que assumem o controlo da quinta e contrariam todos os mandamentos que outrora haviam estabelecido.
No final da alegoria, os sete princípios do Animalismo são substituídos por um único mandamento: “todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros”.