segunda-feira, 4 de junho de 2012

JORNADAS DO AMBIENTE


Saída de Campo – 19 de maio de 2012

Ribeiro Frio - Balcões



Iniciámos a partida da escola e seguimos rumo ao Ribeiro Frio. Aquando da chegada o tempo, sem qualquer surpresa nesta altura do ano e devido à localização, não estava a nosso favor, mas decidimos fazer a caminhada.

A caminhada pedestre iniciou-se na E.R. 103 do Ribeiro Frio, acompanhando o curso da Levada da Serra do Faial, até ao miradouro dos Balcões, que tem uma vista panorâmica sobre o vale da Ribeira da Metade.





 Fomos acompanhados nesta caminhada pela Dr.ª Paula Marília Figueiredo da Direção Regional de Florestas que graciosamente aceitou o nosso convite e nos elucidou sobre a biodiversidade da floresta Laurissilva, a importância desta floresta e a consciência que cada um de nós deve ter quanto à sua preservação.

Circundantes à levada predominam as mais variadas espécies endémicas entre as quais os Loureiros (Laurus novocanariensis), os Vinháticos (Persea indica), a Uveira da Serra (Vaccinium padifolium), as Orquídeas da Serra (Dactylorhiza foliosa) e também árvores exóticas de folha caduca tais como os Carvalhos (Quercus robur) e os Plátanos (Platanus x acreifolia) que se distribuem regularmente na margem do caminho.

No Miradouro dos Balcões deparámo-nos com uma vista esplêndida, coberta pelos vales verdejantes caraterísticos da Floresta Laurissilva, a qual adquire especial importância como “produtora de água”, pois aproveita-se das águas carregadas pelos nevoeiros que ao tocar nas folhas das plantas caem em gotas e são conduzidas em grandes quantidades até ao solo, alimentando posteriormente as nascentes e as ribeiras. A Central Hidroelétrica da Fajã da Nogueira, totalmente visível deste ponto, é testemunha do valor que esta floresta traduz para a ilha da Madeira, produzindo eletricidade com a água retida e abastecendo todo o concelho de Santana.

Com alguma sorte, o que não foi o nosso caso, é possível avistar o Bisbis (Regulus ignicapillus maderensis), o pássaro mais pequeno da floresta madeirense, o Tentilhão (Frigilla coelebs maderensis), a Lavadeira (Motacilla cinerea schmitzi), o Melro-preto (Turdus merula cabreae), o Papinho (Erithacus rubecula), a Manta (Buteo buteo harteti) e o raríssimo Pombo Trocaz (Columba trocaz).

De regresso ao Ribeiro Frio, pelo mesmo percurso, aproveitámos para adquirir algumas recordações do artesanato regional e redescobrir, no Parque Florestal do Ribeiro Frio, os viveiros de trutas Arco-íris (Oncorhynchus mykissWalbaum) do Posto Aquícola do Ribeiro Frio, cujo principal objetivo é a sua produção para o repovoamento das linhas de água da ilha da Madeira.


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