Com alguma nostalgia, lembro-me das brincadeiras: o jogo da apanhada, o pião, o jogo do lenço, os carrinhos de esfera...
Nós brincávamos, ríamos, brigávamos e fazíamos as pazes. Naquela altura, ninguém vivia colado a um ecrã. Eu sou do tempo em que a amizade se fazia a pé, do tempo em que atravessávamos a rua para chamar um amigo. O nosso chat era o quarto, a porta de casa. Os nossos pedidos de amizade eram um olhar, um olá, ninguém seguia ninguém, a não ser a pé e era se quisesse. Havia os amigos, os conhecidos e os desconhecidos, não havia confusão! Podíamos confiar nos amigos falsos, porque tinham perfis verdadeiros.
Ser amigo dava trabalho e gosto não havia likes para ninguém, escutávamos as perguntas e algumas ficavam sem resposta. Quando passávamos na rua, não podíamos ficar offline, era só mudar de passeio. As coisas eram ditas na cara, às vezes nas costas, claro, mas ninguém publicava indiretas, pois as bocas mandavam-se na hora às chapadas. Também, perto da casa da minha avó, havia e há uma rua muito inclinada que eu adorava descer de bicicleta e carrinhos de madeira com os meus amigos.
É fácil perceber por que razão, agora, quando recordo esses momentos, percebo a verdadeira felicidade sem o mundo das novas tecnologias!
Formanda: Fátima Segura – Turma NS2
Formadora: Dalila Ornelas (CLC)
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